Série D? Sério? Vem cá, mas, existe isso, sempre existiu ou criaram agora? Quantos times participam? Como funciona? Então a série C não é o fundo do poço? Existe o alfabeto inteiro? Corre-se, agora, o risco de despencar para séries E, F, K, Y, Z? Como é possível instalar-se tanta escassez de futebol dentro de uma agremiação que já ostentou, merecidamente, o orgulho de figurar durante uma década inteira entre os integrantes da classe A do futebol nacional?
Pior é constatar a vertiginosidade da queda. Não bastou dar uma escorregadela, perder o equilíbrio e penar um aninho na série B, como ocorre anualmente com times repletos de tradição, orgulho e títulos. Acontece nas melhores famílias, dá-se a volta por cima, conjugam-se esforços e pronto, retorna-se ao topo já no ano seguinte ou, no pior das hipóteses, amargam-se dois ou mais alguns aninhos gramando por ali, até o retorno “para o local de onde nunca se deveria ter saído”. Mas isso de transformar a compreensível queda num tombo morro abaixo sem freio é feio. A continuar assim, corre-se o risco de o Alviverde ir fazer companhia aos mineiros chilenos ilhados no fundo do poço que eles próprios cavaram, a quase um quilômetro de baixitude.
É impossível, numa hora dessas, não evocar Alice no País das Maravilhas, que persegue o Coelho Branco, enfia-se numa toca e, quando vê, está dentro de um longo poço sem fundo e vai caindo, caindo, caindo... “Essa queda nunca teria fim?”, pergunta Alice. Quem lê a história percebe que o fim do poço é o mundo sem fronteiras da fantasia e da imaginação. Justamente o que parece estar faltando há anos para que o Juventude inverta o sentido do elevador que o conduz cada vez mais para baixo.
O que queremos, todos nós, caxienses de nascimento ou por adoção, é ver os símbolos da terra em que vivemos crescendo e representando com orgulho as nossas melhores qualidades. Não sei se abaixo da série D existe ainda alguma outra e espero não ser conduzido pelo Juventude a descobrir isso. Alice sabe que o País das Maravilhas tem o poder de rapidamente se transformar em pesadelo, mas sempre é tempo para despertar dele e retornar à superfície. Queremos ver você, Alviverde, subindo, subindo, subindo. De volta à luz. Essa fantasia precisa logo se transformar em realidade.
(Crônica especial publicada no Pioneiro em 20/09/2010)
Pior é constatar a vertiginosidade da queda. Não bastou dar uma escorregadela, perder o equilíbrio e penar um aninho na série B, como ocorre anualmente com times repletos de tradição, orgulho e títulos. Acontece nas melhores famílias, dá-se a volta por cima, conjugam-se esforços e pronto, retorna-se ao topo já no ano seguinte ou, no pior das hipóteses, amargam-se dois ou mais alguns aninhos gramando por ali, até o retorno “para o local de onde nunca se deveria ter saído”. Mas isso de transformar a compreensível queda num tombo morro abaixo sem freio é feio. A continuar assim, corre-se o risco de o Alviverde ir fazer companhia aos mineiros chilenos ilhados no fundo do poço que eles próprios cavaram, a quase um quilômetro de baixitude.
É impossível, numa hora dessas, não evocar Alice no País das Maravilhas, que persegue o Coelho Branco, enfia-se numa toca e, quando vê, está dentro de um longo poço sem fundo e vai caindo, caindo, caindo... “Essa queda nunca teria fim?”, pergunta Alice. Quem lê a história percebe que o fim do poço é o mundo sem fronteiras da fantasia e da imaginação. Justamente o que parece estar faltando há anos para que o Juventude inverta o sentido do elevador que o conduz cada vez mais para baixo.
O que queremos, todos nós, caxienses de nascimento ou por adoção, é ver os símbolos da terra em que vivemos crescendo e representando com orgulho as nossas melhores qualidades. Não sei se abaixo da série D existe ainda alguma outra e espero não ser conduzido pelo Juventude a descobrir isso. Alice sabe que o País das Maravilhas tem o poder de rapidamente se transformar em pesadelo, mas sempre é tempo para despertar dele e retornar à superfície. Queremos ver você, Alviverde, subindo, subindo, subindo. De volta à luz. Essa fantasia precisa logo se transformar em realidade.
(Crônica especial publicada no Pioneiro em 20/09/2010)
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