Estou convencido de que uma das
fórmulas eficazes para conquistar mais qualidade de vida (e a partir disso,
intrinsicamente, obter saúde psíquica e física, longevidade com excelência e
paz de espírito) decorre da convivência em ambientes sadios. Isso tanto externa
quanto internamente. Se é verdade que, a partir dos hábitos (comportamentais e
alimentares) que decidimos adotar, é possível proporcionar ao nosso organismo
um ambiente interno sadio, e assim, por conseguinte, promover saúde física e
mental ao nosso corpo, então é verdade que a convivência diária em ambientes
físicos externos psiquicamente sadios também é capaz de produzir saúde tanto física
quanto mental.
Tanto nosso corpo precisa ser
constituído de um ambiente interno sadio (para evitar as doenças e prolongar a
vida com saúde) quanto nosso entorno precisa ser moldado por ambientes que nos
tragam paz de espírito e permitam um viver harmonioso, criativo, edificante,
construtivo, colaborativo, feliz e cidadão. Se é correto afirmar que devemos
evitar poluir nosso organismo com lixo alimentar a fim de zelar pela nossa saúde
orgânica, é também verdade que devemos evitar nossa inserção e permanência em
ambientes psiquicamente perniciosos, que adoentam nossa alma. Óbvio que tanto
um quanto outro quadro depende também de nossa própria ação proativa. Cabe a
mim decidir o que ingerir a fim de zelar pela minha saúde física, e cabe também
a mim me esforçar para que os ambientes em que me insiro sejam sadios. E quando
detectamos que nossas ações não bastam para transformar o quadro, o negócio é
optar pelo recuo estratégico: não mais frequentar o local pernicioso, a relação
perniciosa, o contexto pernicioso. Saber afastar-se do que nos faz mal é uma
das chaves da felicidade e do sucesso.
Dia desses, fui surpreendido por
ver-me inserido em um ambiente de trabalho carregado por energias positivas que
jamais imaginaria encontrar naquele tipo de instituição. As pessoas que ali
dispensam oito ou mais horas diárias de suas vidas fazem questão de se
cumprimentar umas às outras com entusiásticos e genuínos “bons dias” a cada
nova jornada. Olham-se nos rostos, sorriem, apertam-se as mãos. E não o fazem
por obrigação de manual interno de conduta, por determinação gerencial. Fazem
porque querem, e esse hábito impregna a atmosfera com uma energia sadia e inspiradora
que se apodera até mesmo do visitante e do colaborador eventual, inserido de
imediato em um ambiente no qual tem prazer em transitar. Pequenos gestos que
produzem grandes efeitos. Infelizmente, ainda tão raros.
(Crônica publicada no jornal "Pioneiro", de Caxias do Sul, em 16 de julho de 2018)
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