Se os nomes Agnetha, Benny, Björn e Anni-Frid significam algo para você,
então, sua certidão de nascimento com certeza remonta a meados do século
passado. Mamma mia! Não tem como esconder. E se a evocação nominal desse
quarteto provoca uma súbita transposição emocional a eras passadas, quando a
juventude dos anos 1970 e 1980 se divertia em bailes animados por música
cadenciada, em salões com luzes piscantes, denominados discotecas, ao som de
discotecários (precursores dos DJs), então, você já pode ter uma ideia do que é
que vamos tratar nesta crônica de segunda.
Não, não comentarei com o atarefado leitor e com a assoberbada leitora os
caminhos e descaminhos das investigações de corrupção que animam a política e
desanimam a vida dos brasileiros. Para isso há o Mirante, a página da Rosilene
Pozza, que competentemente nos esclarece sobre os bastidores do fazer político
em âmbito local, estadual, nacional e etecetera e tal. Tampouco transcorrerei
sobre as louváveis iniciativas de empreendedores serranos no sentido de debelar
a crise econômica abrindo novos empreendimentos na região, gerando postos de
trabalho e reaquecendo a economia. Para isso há o Caixa-Forte, a página de
economia assinada pela Silvana Toazza, que atentamente acompanha os andamentos
do setor na Serra Gaúcha. Também não abordarei a gangorra que aflige e acalenta
torcedores das duplas Ca-Ju e Gre-Nal, pois para isso há as páginas da turma do
Esporte, acompanhando os lances que movimentam as séries A, B, C e D do futebol
nacional. Não, nada disso.
Falarei, isso sim, sobre a notícia mais importante veiculada pela
imprensa internacional nos últimos dias: o retorno do grupo pop ABBA, composto
pelo quarteto de suecos cuja junção das iniciais dos nomes gerou uma das mais
queridas bandas musicais de todos os tempos, não é mesmo, Fernando? Sim, pois
é: os quatro integrantes do ABBA resolveram se reunir novamente, após 35 anos
de separação, para gravar duas novas músicas em estúdio. Uma delas já teve até
o título divulgado: “I still have Faith in you”, algo como “Eu ainda tenho fé
em você”, em tradução livre deste cronista. “Nós envelhecemos, mas o som é
novo”, afirmam, em comunicado oficial. Infelizmente, o público terá (teremos)
de esperar até dezembro para conhecer as novidades. Mas também temos fé neles,
e estamos, na verdade, todos, ao redor do mundo, sedentos por ao menos um pouco
de notícia boa, que nos ajude a manter a vontade dançante de viver. Até lá, podemos
abastecer a alma revisitando sucessos como “Chiquitita”, “Dancing Queen”, “I
Have a Dream”...
(Crônica publicada no jornal "Pioneiro", de Caxias do Sul, em 30 de maio de 2018)
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