“No futuro, em qualquer lugar do
mundo em que o pássaro da liberdade silve nos corações humanos, as gerações
olharão para trás, verão o que fizemos e dirão: ‘não se desespere, jamais ceda
à violência e à tirania, apenas resista e, se necessário, morra invicto’”. Essas
foram algumas das palavras que o primeiro-ministro Winston Churchill
(1874-1965) dirigiu à população britânica em discurso que proferiu na sacada do
prédio do Ministério da Saúde em Londres, às três da tarde do dia 8 de maio de
1945, ao anunciar para toda a nação e ao mundo que a Alemanha nazista havia se
rendido incondicionalmente às tropas Aliadas, pondo fim aos combates da Segunda
Guerra Mundial em solo europeu.
A data entrou para a história
moderna como V-E Day, ou seja, o “Dia da Vitória na Europa”, onde o conflito
tivera início seis anos antes quando, em 1º de setembro de 1939, Adolf Hitler assombrava
o mundo ao invadir a Polônia com sua máquina de guerra. França e Inglaterra
logo declararam guerra à Alemanha, mas a França, já em junho de 1940, rendia-se
à então insuperável Wermacht alemã, deixando durante um longo ano a Inglaterra
a combater solitariamente as pretensões dominantes do nazismo. Para fazer
frente ao poderio alemão foi necessário o envolvimento de diversas nações ao
redor do planeta, o que exigiu o esforço conjunto e pessoal de homens e
mulheres anônimos que deram suas vidas, seu sangue e seu suor para combater a
terrível ameaça.
Como a História mostra, o custo
para a vitória dos conceitos modernos de liberdade, cidadania, tolerância e
convivência foi dos mais altos que a humanidade já pagou. Novamente
parafraseando Churchill, “nunca tantos deveram tanto a tão poucos”. Mas não
foram poucos, e, sim, milhões de pessoas que morreram como perseguidos de
guerra, refugiados, bombardeados e enquanto soldados nos campos de batalha.
Daqui a uma semana, sexta-feira
que vem, dia 8 de maio de 2015, os 70 anos do Dia da Vitória serão celebrados
nos principais países vencedores do conflito, entre eles, Inglaterra, Rússia e França.
Bom momento, aliás, para visitar o Museu dos Ex-Combatentes da FEB na II Guerra
Mundial, situado aqui em Caxias na Rua Visconde de Pelotas, 249, aberto
gratuitamente de terças a sábados das 9h às 17h. Afinal, há coisas que o mundo
não pode esquecer.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 1 de maio de 2015)
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