Olha só que boa notícia
divulgada pela imprensa esta semana: 13 obras literárias foram inscritas este
ano para concorrer ao Prêmio Vivita Cartier, categoria integrante do Concurso
Anual Literário da Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Niederauer, de
Caxias do Sul, que este ano chega à sua 49ª edição. O Prêmio Vivita Cartier foi
criado há três anos para laurear obra literária de autor caxiense publicada no
ano anterior, estimulando a produção literária na cidade.
A grana a ser entregue ao autor
premiado é boa: 240 VRM (Valor de Referência do Município), índice que, em
2015, vai representar uma quantia bruta na ordem de R$ 6.374,40. Descontados os
impostos, o premiado embolsará mais de R$ 4,5 mil. A notícia é positiva por
toda essa plêiade de aspectos: número significativo de obras concorrentes,
autores de carreira consolidada participando e prêmio em dinheiro atraente. É
um privilégio escrever em Caxias do Sul.
Afinal de contas, raciocinem
comigo. O Brasil possui 5.561municípios em todo o seu território (não fui eu
quem contou, é o IBGE quem me jura esse número). Quantos desses municípios,
pergunto-me, têm capacidade para ofertar um prêmio de mais de R$ 6 mil para
agraciar os escritores que teimam em nascer e se criar em seus domínios? Não
sei a resposta exata, mas ponho a mão no fogo ao afirmar que são raros,
raríssimos. Caxias do Sul, entre eles. Um privilégio e um gol a favor da
cultura na cidade do trabalho.
Fico apenas com dó da comissão
julgadora, que vai ter trabalho frente à qualidade das obras concorrentes. Digo
isso porque conheço a maioria dos livros e dos autores inscritos. Eis a lista: “Leituras
da Madrugada”, de Dinarte Albuquerque Filho; “O Passo do Socorro”, de Paulo
Ribeiro; “A Trilha Silenciosa”, de André William Segalla; “Diário de Um Homem
Metropolitano”, de Álvaro Pertille; “O Mistério do Oito Deitado”, de Daniela
Echevenguá Teixeira; “A Nova Trova Literária nas Páginas do Sul”, de Luiz Damo;
“Delirium Tremens” e “O Homem Só”, ambas de Leandro Angonese; “O Menino da
Terra do Sol”, de Flávio Luis Ferrarini; “Anko”, de Márcio P. Mussatto; “Mirabilia”,
de Alessandra Rech; “Cartas a Amélia”, de Pedro Costi, e “Isabella Em Contos:
Cem Anos Historiados”, de Luiz Carlos Ponzi. O vencedor será conhecido em
junho. Boa sorte a todos.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 2 de maio de 2015)
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