Quem diz que a imprensa só traz
notícias ruins é porque ou não saber ler jornal e assistir aos telejornais ou
viciou no uso de filtros que só relevam os fatos negativos. Mas as notícias
boas existem, sim, e não só isso: elas são maioria. Digo e afirmo e desafio
quem quiser a pagar para ver.
Ontem, por exemplo, fiquei
surpreso e feliz ao ler, pela manhã, a principal notícia que encabeçava o site
do jornal Pioneiro: “Nenhum condutor é flagrado sob efeito de álcool durante
blitz em Caxias do Sul”. Dos 43 veículos abordados entre as 20h e as 23h na
Avenida Rubem Bento Alves, segunda-feira, nenhum era conduzido por motorista
que havia ingerido álcool. Quer notícia melhor do que essa? Notícia boa, e sob
diversos aspectos. Primeiro, que as blitze de trânsito, realizadas em parceria
entre Brigada Militar, Fiscalização Municipal de Trânsito, Guarda Municipal,
Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil, se
transformaram em uma ação constante no cenário urbano de Caxias do Sul.
Segundo, e o melhor de tudo, parece que vem dando resultado e a conscientização
dos motoristas começa a se consolidar.
Desde que foi instituída a Lei
Seca no trânsito do país e as polícias foram aparelhadas com os medidores de
graduação alcoólica, as autoridades de Caxias do Sul adotaram uma atitude firme
e perene em relação ao tema, e não têm “frouxado a corda”, transformando as blitze em ação corriqueira e
continuada nas ruas e avenidas da segunda maior cidade do Rio Grande do Sul.
Que bom. Sorte a nossa que está sendo assim, e espero que assim continue. Faço
votos de que realmente a imprensa local continue, devido a ações como essa,
sendo municiada de fatos positivos e vitais como a inexistência de motoristas
dirigindo sob o efeito de álcool pelas vias de nossa cidade, preservando a
vida, a saúde e a integridade física de toda uma comunidade.
Jornalista é cidadão e tem
prazer em publicar notícia boa. Da mesma forma como os policiais e fiscais
envolvidos na blitz de segunda-feira devem ter voltado para suas casas
satisfeitos após uma ação em que não tiveram de flagrar nenhum bêbado
inconsequente atrás do volante. Nem tudo está perdido.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 19 de março de 2015)
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