Eu gosto de sopa no verão e de
sorvete no inverno. Gosto também de comer salada como se fosse sobremesa, após
ter terminado a refeição principal. E aí, refugo a sobremesa, que é algo que
vou comer (isso se e quando for comer) no meio da tarde, com as papilas
gustativas já distanciadas em horas dos sabores degustados durante o almoço. Gosto
também de comer maionese de batata misturada ao feijão. Nhamm! Ah, e quando
tem, como pedaço de pizza fria no café da manhã. Verdade.
Como isso, minha senhora? Isso o
que, disso tudo que eu disse? Ah, a coisa da pizza fria matinal? Então,
explico. Isso da pizza fria no café da manhã não acontece sempre. Só de vez em
quando. Isso porque eu também tenho o costume de, quando vou jantar em um
restaurante, pedir ao garçom para embrulhar as sobras, para levar. Pizza em
restaurante eu prefiro a la carte ao invés de rodízio e, assim, acaba sempre
sobrando um ou dois pedaços daquela maravilhosa pizza portuguesa, ou de atum.
Eu levo e traço o pedaço na manhã do dia seguinte, sacado direto da geladeira
para a mesa do café da manhã, junto a uma xícara de café com leite.
E não gosto de leite. Não gosto
de leite, mas tomo café com leite de manhã, quase todos os dias. E lá de vez em
quando tomo um copão de leite gelado no meio da tarde, para empurrar junto um
pedaço de bolo, quando tem bolo em casa, o que é pra lá de raro. E se dá na
telha, faço um copo de leite com achocolatado e tomo. Só que não gosto de
leite, dá para entender? É, nem eu. Durante os dias da semana, nas refeições,
costumo tomar água. Água sem gás. Isso ou chá gelado. Chá de pêssego, de
marcela, de boldo, do que quer que a esposa tenha produzido no dia. Tomo.
E tem outra. Gosto de pão com
manteiga, mel e uma fatia de queijo por cima. Nessa ordem: o pão, a manteiga, o
mel e o queijo. A manteiga tem a função de tapar os buraquinhos do pão e
impedir que o mel escorra, veja bem, tem lógica nessas coisas. E o queijo, bem,
o queijo porque sim. E adoro comer pão com banana. É, pão e banana.
Especialmente pãozinho d´água, com uma banana dentro. Experimente. Não? E que
tal o mesmo pãozinho com uma barrinha de chocolate dentro? Delícia!
Fora isso, sou bem tradicional.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 28 de março de 2015)
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