Quisera ter tido a capacidade de
tecer a crônica de hoje em versos, para homenagear o Dia do Poeta. Mas, sem
talento, meus esforços são dispersos, não posso fazê-lo, minha arte não é
completa. Mesmo sem ter dom para exercitar a arte suprema da poesia competente,
quero ao menos aqui poder ressaltar meu apreço por essa arte maior, à qual me
vergo, humildemente.
Um dia para erguer ao bom poeta as
loas e os brindes é algo a ser bem sublinhado. Em especial por quem, como eu,
reserva melindres em palmilhar um terreno tão bem representado. É dia para
recordar com terna doçura de versos brilhantes por gênios escritos. E também
para evocar uma ou outra figura de hoje e de antes que fez ditos bem ditos. Do
outro lado dos mares e também em nossas terras vão surgindo nomes aos pares de
versejadores cujas obras derrotam as eras. Façamos jus então a essa data boa
evocando alguns deles à luz, em uma ou outra loa.
Lembremos então de Drummond,
Quintana e Pessoa; nenhum deles de alma pequena, nenhum deles a versejar à toa.
Vinícius também evocaremos, e ainda Neruda e Quintana. Nomes que sempre
lembraremos, por tornarem nossa vida bacana. Sem esquecer dos mestres desses
mestres todos, evocaremos Keats, Shelley, Byron e mesmo o Poe. Com suas penas
não faziam engodos, diziam o que eram para que eu saiba quem sou. E agora, em
fileira dispersa, se mostram a Safo, a Hilda, a Ana Cristina. Poetisas que
tantos gostam por tecerem a poesia mais fina.
Tantos mais haveria a evocar aqui
nessas linhas de uma crônica à toa. Porém, para terminar, falemos dos que entre
nós fazem poesia da boa. É daí vão saltando nomes de tantos amigos, entre vivos
e já partidos. Dal´Alba, o Eduardo; Bertholdo, o Oscar. E agora, tão recente, também
Petry, o Odegar.
E junto a todos esses, temos aqui
o Pozenato, o Paviani, o Angonese, o Dhynarte, o de Menezes. Autores que em um
ou outro ato já nos brindam com Poesia sem aparte, e da mais alta, todas as
vezes. Parabéns, poetas, senhores da Poesia. Celebrem com suas musas e com merecida
alegria. Eu, se fosse poeta, também sem escusas o faria.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 20 de outubro de 2014)
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