Senhora minha leitora, meu amigo
leitor, acreditem se quiserem, mas hoje, 13 de abril, é o Dia Internacional do
Beijo. Pois é, eu também não sabia, sequer beliscava de longe minha cabeça a
ideia de que pudesse haver uma data especial destinada a celebrar essa
popularíssima manifestação universal de afeto, mas existe, e é hoje.
Mas antes que você se entusiasme
e saia por aí porta afora tascando-lhe beijos a torto e a direito, amparado na
desculpa de que um certo cronista da cidade disse que hoje é o Dia do Beijo e
por isso “é hoje que você não me escapa”, é melhor puxar o freio e ficar
sabendo de algumas coisinhas, para o seu próprio bem. Para começo de conversa,
não seja impulsivo, né. Pense antes de fazer as coisas. Bom, pacto feito,
sigamos, que temos crônica pela frente ainda.
Fui, então, investigar um pouco
sobre essa história de Dia Internacional do Beijo e descobri algumas coisas
interessantes (uma delas, para o senhorzinho mais afoito ali atrás, é que são
transmitidas, em média, cerca de 250 mil bactérias a cada beijo, portanto,
prudência, amigo, prudência). Olhem só: dizem que essa coisa começou no início
dos anos 1980, inspirada na lenda de um jovem italiano metido a galanteador,
chamado Enrique Porchelo, que se gabava de haver beijado todas as mulheres residentes
na vila em que morava. Indignado com aquele diz-que-disse a atrapalhar as missas
com os cochichos entre os fieis, o padre resolveu oferecer uma quantia em ouro
como prêmio à primeira mulher da vila que se apresentasse afirmando não ter
sido beijada pelo carinhoso e beijoqueiro concidadão. Como ninguém apareceu
para reivindicar o prêmio, reza a lenda que o ouro segue escondido em algum
lugar da Itália. Ou seja, as mulheres da vila preferiam o doce beijo de
Porchelo ao punhado de ouro oferecido pelo padre. Eita, Porchelo, hein!
Situação oposta aconteceu em
1439 na Inglaterra, quando o então rei Henrique VI proibiu todo e qualquer tipo
de beijo entre seus súditos em todo o reino, devido à paranoia relativa à
transmissão de bactérias. Que coisa! Não posso atestar a veracidade de nenhuma
dessas histórias que, se não são reais, pelo menos são saborosas. Iguais ao
sabor de um beijo sincero, seja do tipo que for. Parafraseando o famoso
apresentador de televisão, aqui vai então um “beijo do cronista”!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 13 de abril de 2015)
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