E foi só vivenciando o cotidiano
da cidade que comecei a absorver a amplitude do significado da Festa da Uva,
evento sazonal que eu conhecia de passagem na adolescência e por acompanhar de
longe as notícias na mídia estadual. Quando aqui tomei posse de meu primeiro
endereço, corria o reinado de Catiana Rossato, eleita para a Festa do ano
anterior à minha chegada. Já como jornalista do Pioneiro, acompanhei mais de
perto a movimentação da cidade que resultou na escolha da nova rainha para a
20ª edição, Cristina Briani. Na Festa seguinte, a de 1996, vi a coroa ser
entregue a Patrícia Horn Pezzi, no trio que marcou época com a beleza e
simpatia advindas também das princesas Márcia Maróstica e Valéria Weiss. Dali
em diante, nunca mais o evento me passou em branco e assumi também em mim,
enquanto cidadão caxiense, o orgulho pelo significado que a eleição das
soberanas representa.
Caxias do Sul, com sua escolha
de rainha e princesas da Festa da Uva, vem consolidando uma visão diferente do
conceito do belo. Nossas rainhas, princesas e embaixatrizes vêm se
configurando, desde os primórdios, em grupos de moças cuja beleza extrapola os
limites da mera composição física. A isso, elas agregam carisma, simpatia,
desenvoltura social, cultura, conhecimento, gentileza, inteligência,
curiosidade, perspicácia, envolvimento comunitário e outros atributos que as
tornam belas, sim. Não apenas mulheres bonitas, mas belas pessoas, possuidoras
das melhores características que desejamos ver expressas no conjunto dos
habitantes de nossa comunidade.
Sejam quem forem as escolhidas
no sábado, tenho certeza de que a coroa e as faixas da cidadania caxiense
estarão mais uma vez muito bem representadas.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 31 de agosto de 2013)
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