Desde que me conheço como
folheador de jornais, gosto de acompanhar notícias sobre o crescimento
demográfico da humanidade no planeta Terra, esse anfitrião generoso que tão mal
tratamos ao longo dessa nossa estada por seus domínios. Ao findar do ano de
2014, o IBGE divulgou os dados que atualizam a quantidade de brasileiros que
somos, números esses que só fazem aumentar a cada ano que passa.
Conforme o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, somos exatos 202.768.562 de brasileiros atualmente,
representando cerca de 3% dos estimados 7 bilhões de seres humanos no planeta
(a dezena de astronautas que estão em órbita creio que também entra nas
contagens absolutas). Ou seja, a proporção indica que, a grosso modo, a cada
100 pessoas no mundo, três são brasileiros. E viemos reproduzindo em ritmo
acelerado, se observarmos que crescemos em 12 milhões de brasileiros nos
últimos quatro anos, representando um acréscimo médio de três milhões a cada
ano. É gente, tchê!
Falando em tchê, o IBGE também
revela que, agora, já somos 11.207.274 de gaúchos. Em cinco anos, aumentamos
nossa população em 513.345 pessoas, quase uma Caxias do Sul inteirinha. Sendo
assim, dá para afirmar que cerca de 5% dos brasileiros são gaúchos. E em
relação ao mundo, quantos somos? Peraí, já lhe digo, afinal, se tem coisa que
aprendi a fazer nas aulas de matemática foi regra-de-três... Se no mundo há 7
bilhões de pessoas e se somos 11 milhões de gaúchos, então, xis prá cá, passa
para o outro lado, multiplica, divide e... Pimba: representamos, nós, gaúchos,
0,15% da população planetária. Eita!
O que significa tudo isso? Bom,
em primeiro lugar, o óbvio: que a população humana não para de crescer sobre a
Terra. Depois, significa que, com tanta gente assim, já está mais do que na
hora de pararmos com a brincadeira e começarmos a realmente nos preocupar em
resolver problemas antigos da humanidade, sob pena de nossos bisnetos
testemunharem um caos deixado de herança por nós que vai fazê-los pensar que
seus antepassados (nós) não passávamos (passamos) de um bando de loucos
inconsequentes. Não acho que queiramos ser lembrados assim por nossos
descendentes. Ao trabalho!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 5 de janeiro de 2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário