Ah, que delícia! Este domingo à
noite tem transmissão da cerimônia de entrega do Oscar pela televisão! Todo ano
tem, e todo ano minha esposa e eu repetimos deliciosamente o mesmo ritual.
Basta iniciar-se o ano que já aguardamos com expectativa a chegada da data,
devidamente assinalada nos calendários presenteados pelas agências bancárias e
nas agendas recebidas de presente a torto e a direito. Sim, não dá para perder,
somos fãs de carteirinha!
E não somente da transmissão da
cerimônia de entrega do Oscar, não! Os primeiros meses do ano são repletos de eventos
premiativos aos quais ela e eu comparecemos via satélite. Somos figurinhas
batidas nessas festas todas, sempre do lado de cá da telinha. Somos
arroz-de-festa de Oscar, Grammy, Emmy, Globo de Ouro e até mesmo das
transmissões dos desfiles das escolas de samba. Primeiro, assistíamos às duas
noites de desfiles das escolas do Rio de Janeiro (ela é Beija-Flor, eu sou
Salgueiro). Depois, incorporamos as duas noites dos desfiles das escolas de
samba de São Paulo (ambos somos Vai-Vai). Agora, também monitoramos, com o
controle-remoto, as evoluções das escolas de Porto Alegre e de Caxias do Sul.
Que festa! Mas já somos
profissionais nessa coisa de sermos telespectadores dessas transmissões que
começam tarde da noite e invadem os madrugadões. Se não precisamos trabalhar no
dia seguinte, vamos gelando com antecedência o espumante e/ou a cervejinha e
deixamos os quitutes e canapés preparadinhos. Se precisamos saltar cedo da cama
para enfrentar a faina diária no dia seguinte, cortamos o espumante e a
cervejinha e incrementamos os canapés. E os quitutes também. E vamos lá!
Aliás, tão profissionalizados
estamos nessa coisa que agora demos de começar o ritual várias horas antes,
sintonizando em canais que transmitem a chegada das celebridades ao local do
evento, as tais das transmissões do “tapete vermelho”. Mas o bom mesmo é quando
batem as onze da noite e a cerimônia tem início! Ficamos os dois ali, na cama
ou no sofá, olhos vidrados, esbugalhados, firmes na telinha durante 30, 35
minutos e... paf! Capotamos! Vamos acordar só no dia seguinte, a tevê dando a
previsão do tempo, sem sabermos sequer quem levou o Oscar de Melhor Atriz
Coadjuvante. Sempre! Que festa!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 21 de fevereiro de 2015)
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