Na Segunda Guerra Mundial (1939
– 1945), os países Aliados (capitaneados por Estados Unidos, União Soviética e
Inglaterra) mobilizaram um monumental esforço de recursos para enfrentar e
derrotar a tentativa dos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) de transformar
o mundo em um circo dos horrores comandado pelo ódio. Nos gabinetes, líderes
traçavam os planos de batalha; no front, soldados davam as próprias vidas no
confronto direto com o inimigo; na retaguarda, profissionais de várias áreas
disponibilizavam os recursos para as campanhas, alimentando as tropas, tratando
os feridos, abastecendo os veículos etc; nas terras natais, os compatriotas
produziam as armas necessárias para o confronto, os alimentos, os uniformes, as
botas.
Em diferentes graus e sob formas
variadas, homens e mulheres dessas nações em guerra, centenas de milhões deles,
empregaram seus esforços pessoais, na maioria das vezes, anônimos, na
conjugação do esforço que resultou na vitória Aliada contra o nazismo e o
fascismo. São os heróis da humanidade, alguns deles ainda vivos. Líderes como
Churchill, Roosevelt e generais como Patton, Jukov e outros entram para a
história como as lideranças que estiveram à frente das ações e das decisões.
Mas a História só caminhou para os rumos que caminhou devido à atuação dos
anônimos, cujos nomes não integram os livros de História, mas permanecem
imortalizados nas cruzes existentes nos memoriais de guerra e nos monumentos ao
Soldado Desconhecido, para aqueles que tombaram sem serem identificados.
Homens e mulheres perfazem a
totalidade desses heróis. As mulheres integraram as tropas do Exército Vermelho
soviético em condições iguais às dos homens: como soldadas, como pilotas de
aviões etc. Em todos os fronts, lá estavam elas, na condição de enfermeiras e
médicas, tratando dos feridos. Nos seus países, assumiram o lugar dos homens
que foram à guerra, substituindo-os nas fábricas e em vários outros postos.
Homens e mulheres venceram a barbárie totalitária. Juntos.
Por isso que ainda creio, neste
Dia Internacional do Homem, que homens e mulheres, juntos, serão capazes de
vencer a cultura do ódio, da discriminação, do racismo, da inveja, do
consumismo, da intolerância, da má-fé, da violência, da gratuidade de ataques.
Um brinde às mulheres nesse Dia Internacional dos Homens. Outro, aos homens.
Outro ainda àqueles e àquelas de boa-fé.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 19 de novembro de 2015)
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