Dedicado a fazer algumas
pesquisas, acabei descobrindo certas coisas que até então, antes de começar as
pesquisas, eu não sabia, fato que, por si só, revela, demonstra e atesta o bom
termo a que vieram dar essas tais minhas pesquisas, uma vez que o mínimo resultado
que se espera de uma pesquisa, quando iniciada, é que a seu cabo ela forneça
dados que se configurem na condição de novidades, ao menos, para o pesquisador,
porque senão, do contrário, de que serviria dedicar-se a fazer pesquisas não
fosse pela iminente certeza de obter delas novos conhecimentos? Como é, madame?
Gostaria de dar uma paradinha para recuperar o fôlego? A frase foi quilométrica
sem que houvesse aviso inicial para os de pouco preparo? Ok, percorra então devagar
o espaço em branco após o ponto final e nos encontramos no início do segundo
parágrafo. Aguardo-a lá.
Oi, tudo bem? Recuperada?
Tentemos seguir com frases mais curtas, a partir de agora. Tipo esta. Assim
está bom? Ok. Então, como eu ia dizendo (a senhora pode dar uma paradinha também
nos dois pontos, como agora): devido às minhas pesquisas, cujo teor não vem ao
caso, acabei descobrindo, por tabela, o significado do nome da cidade
catarinense de Blumenau, que se chama, vejam só, Blumenau. E por que motivo
Blumenau se chama Blumenau? A senhora sabe? Não? Nem eu, mas fiz pesquisas. A
senhora fez pesquisas? Pois se fizesse, talvez descobrisse, como eu descobri,
que Blumenau evoca o sobrenome de uma figura importante para aquela cidade, o senhor
Hermann Bruno Otto Blumenau, um imigrante alemão, filósofo e químico, que
fundou aquela cidade, na metade do século 19. Fundou a cidade e foi homenageado
e eternizado dando-lhe o nome. Seu próprio nome. Sabia? Eu não sabia.
Assim se dá também, madame, com
várias outras cidades de nosso país, e nem nos damos por conta. Florianópolis
homenageia Floriano Peixoto. Petrópolis (“a cidade de Pedro”) homenageia o Imperador
Dom Pedro II, que a fundou. Caxias do Sul homenageia o Duque de Caxias, que
também é homenageado em Caxias, no Maranhão, e em Duque de Caxias, no Rio de
Janeiro. Eu não tenho nenhuma homenagem citadina, uma vez que desconheço
Marcópolis ou Kirstópolis (não, senhora, Patópolis não é em minha homenagem, a
senhora está me tirando?). Mas, enfim, isso mostra como são importantes as
pesquisas para o aprimoramento de nosso conhecimento geral. Aguardem os
próximos compartilhamentos...
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 2 de setembro de 2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário