sexta-feira, 17 de junho de 2011

Para ficar moderninho

Acreditem no que eu digo: Dia dos Namorados opera milagres nas pessoas. Digo por experiência própria. E relato aqui a historinha, para ilustrar a teoria que pretendo defender ao final da crônica. Acompanhe linha a linha.
Minha esposa é minha eterna namorada, certo? E eu, o dela, hum-hum? Portanto, nada mais natural que sigamos trocando presentinhos quando a data enamorada aflora no calendário, como no último domingo, né? Pois então estávamos, dia desses, às vésperas da data, circulando pelos corredores de um shopping center da cidade quando minha esposa estacionou junto ao balcão repleto de telefones celulares em uma loja. Ela estava determinada a me comprar um novo aparelho a título de presente do Dia dos Namorados, e me pegou de jeito, sem me dar tempo para pensar, sabendo que, caso contrário, eu escapo desse tipo de situação que nem o Cascão foge da água.
Há anos que ela encasqueta com meu celularzinho de estimação. Diz que está velho, feio, fora de moda, estropiado, indecente, seboso, ridículo e inconveniente, entre ouros adjetivos deletérios que afloram à mente dela sempre que se refere ao pobre de meu parceiro de uma década. Sim, meu celular tem dez anos de vida e de uso. Adoro ele. Ele faz ligações, recebe chamadas, recebe mensagens, marca a hora e possui despertador. O manual garante que ele desempenha diversas outras funções, mas jamais usei nenhuma delas.
Agora, estava na iminência de ser agraciado com um aparelho moderníssimo, que faz tudo e mais um pouco: tem função de toque na tela, possui GPS, acessa a internet, tira fotos, filma, sapateia, alimenta o gato e massageia meus pés. Dito isso, o vendedor perguntou se eu desejava testar o aparelho, para confirmar que ele era capaz de fazer tudo aquilo. Respondi que era melhor testarmos a mim, ao cliente, para vermos se EU era capaz de operar tudo aquilo. Quem deveria entrar em teste era eu, e não o trequinho. Quando enfim identifiquei a existência da função que permite fazer e receber ligações, topei na hora o presente.
A teoria é essa: o amor move montanhas. E é capaz até de fazer um gliptodonte como eu atualizar o aparelho de celular. Agora me liguem, por favor (como é que atende mesmo...?)!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 17 de junho de 2011)

2 comentários:

Marli Fiorentin disse...

Olá Marcos! Tudo bem? Sou do Colégio Colbachini, Nova Bassano. O blog de nossa escola recém saiu do forno. Eu o criei e estou cuidando dele. Ainda foi pouco divulgado. Se puder faça uma visita. Deixei uma postagem lá sobre você. Grande abraço e até breve.

http://colegiocolbachini.blogspot.com

Rafaela disse...

Acabei de ler a notícia no blog do colégio colbachini. Que legal! Parabéns!!!