quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Nada do que foi, será

Pronto, 2016 é página virada. Ufa! Aos trancos e barrancos, cá estamos, rumo ao futuro, renovando energias para enfrentar o que estiver por vir. Pelo caminho, ficaram Carrie Fisher; Gene Wilder; Domingos Montagner; Elke Maravilha; Muhammad Ali; Leonard Cohen; Prince; Zsa Zsa Gabor; Umberto Eco; Ferreira Gullar; David Bowie; George Michael; Fidel Castro; o time da Chapecoense; o bom senso dos eleitores norte-americanos; o mandato da Dilma; o corpo fechado de Eduardo Cunha; a intocabilidade de Renan Calheiros; a credibilidade das instituições brasileiras; a exclusividade de prêmios literários para quem escreve livros; o jejum do Grêmio; o jejum da Seleção Brasileira nas Olimpíadas; os relacionamentos de William Bonner e Fátima Bernardes, de Luiza Brunet e Lírio Parisotto e de Angelina Jolie e Brad Pitt, e o leitor completa a lista a partir de suas próprias referências (ou traumas).
O importante, para quem chegou até aqui, independentemente do tamanho das sequelas, é seguir rolando a bola pra frente, como nos ensinam os técnicos de futebol, sejam eles estudados ou oriundos das praias de Copacabana. E o que se pode prever em relação ao ano que se inicia? Bom, não muito, conforme aprendemos desde o surgimento da futurologia, além de que morrerá uma nova penca de famosos, catástrofes varrerão certas partes do mundo e a NASA encontrará outro planeta semelhante à Terra que pode ser habitado, nos confins do Universo. Fora isso, somos regidos pela incerteza e a melhor receita para navegar sobre as ondas do bravio mar da existência ainda é a prudência.

O que se pode dizer de antemão a respeito de 2017 é que será um ano permeado por centenários importantes, a começar pelos 100 anos da Revolução Russa, no segundo semestre. Inegavelmente, foi o fato que deu o tom para o desenrolar da História ao longo do século XX. Antes disso, em maio, quem tem fé haverá de recordar as aparições que Nossa Senhora de Fátima fez a três crianças em Portugal, segredando a elas alguns mistérios. No Brasil, recordaremos os 100 anos de “Pelo telefone”, considerado o primeiro samba gravado no mundo, por Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o “Donga”. Serão lembrados os centenários de nascimento como os de Will Eisner; David Nasser; Antônio Callado; Juan Rulfo; Arthur C. Clarke; Sidney Sheldon; Ella Fitzgerald; Dean Martin; Zilka Salaberry; Chacrinha; Jânio Quadros; John Kennedy; Indira Gandhi, entre outros. Fora o pouco que dá para prever, melhor mesmo é contar com nossos próprios esforços. Um bom 2017 a todos.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, em 2 de janeiro de 2017)

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